23.3.12

Chuck: Entrevista com Chris Fedak sobre o fim da série!

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Muitas pessoas não se conformaram com o final de Chuck, pois não foi aquele clichê esperado pela maioria, confesso que mesmo achando o final realmente muito bom, teve certas coisas que não gostei, eu também esperava por um clichê, afinal quem não gosta quando as coisas dão certo no final não é mesmo, porém essa entrevista esclareceu melhor as coisas e me fez entender melhor esse final. Confiram a entrevista logo abaixo:



Confiram a tradução da entrevista concedida pelo Chris Fedak ao Alan Sepinwall onde eles comentam sobre o fim e um pouco sobre os extras que o DVD da 5ª temporada trará ( uma versão extensa do final):

Citação:
Alan Sepinwall: Quero começar pelo fim. Eles sentam na praia, Chuck conta à Sarah a história do relacionamento deles, ela ri, e nós temos algumas dicas de que ela está começando a se lembrar de sua vida com ele. E ele a beija. A ideia do beijo mágico que o Morgan teve funciona e ela lembra de tudo instantaneamente? Ou será apenas um processo lento até que ela consiga todas as suas memórias e sentimentos de volta?
Chris Fedak: Acho que vou deixar isso com os telespectadores. Eu tenho meu pensamento, e Josh tem o dele. É um doce, bom momento. Um final feliz para aqueles dois. Acho que cabe a cada um julgar aquele beijo do finalzinho.

A.S.: Bem, depois do episódio da semana passada, algumas pessoas ficaram chateadas com a ideia de apagar a memória da Sarah, e que todo aquele crescimento que a personagem teve nos últimos 5 anos foi em vão. O que você diria sobre isso?
C.F.: Eu certamente diria que ela não foi apagada. Não foi tudo perdido. Não foram 5 temporadas em vão. Está lá. E o divertido será voltar a lembrar e se apaixonar novamente. Como poderia imaginar algo melhor?

A.S.: Nesses dois episódios finais, tivemos muitas chamadas às coisas do princípio da série, particularmente do Piloto. Como vocês escolheram o que viria?
C.F.: Começou pela forma que quebramos o episódio. Por muito tempo, essa foi uma das quebras mais longas para um episódio de Chuck, já que era a última. Não tínhamos muita certeza. Como faremos isso grande o bastante? Como faremos isso sobre essa temporada, mas que também ecoe em todas as temporadas da série? Uma vez que percebemos que com o segundo ato, e através do episódio, teríamos momentos que ecoassem no piloto e em outras temporadas da série e bandidos, realmente me ajudou a fechar o que esse episódio faria. Minha esposa é uma grande fã dos episódios tipo "você se lembra quando?" Não queríamos fazer isso. Não queríamos trazer muitos flashbacks - não tem muitos nos episódios - mas introduz na história a história da série. Isso me ajudou a quebrar o episódio com roteirista. E quando chegamos ao ponto do que queríamos ver lá, a primeira ideia foi, "Bem, nós estamos em Berlin", e tinha o El Compadre, no qual filmamos no El Compadre de verdade no Piloto, que é um famoso restaurante em Los Angeles. Filmamos lá, e tinha uma foto terrível minha e do Josh com sombreros. Uma vez que você começa a pensar nisso, você vai, "E se na Alemanha tiver um restaurante que pareça com o El Compadre?" E esse foi o primeiro momento em que soubemos, "Ok, isso seria ótimo para todas essas cenas", indo de Sarah e Chuck dançando no consulado Russo para a cena do Wienerlicious. Queríamos ecoar as temporadas passadas, e também lidar com todos os problemas que Chuck e Sarah passaram. E, de certa forma, termos ambos apaixonados novamente.

A.S.: Chuck consegue o Intersect de volta no final, mas está se aposentando, não é?
C.F.: Sim, ele tem o Intersect de volta, mas ainda está se aposentando. Mas eu acho que nunca se sabe.

A.S.: Ficamos sabendo o que a maioria dos outros personagens fariam, e Chuck e Sarah estão na praia, então sabemos que eles voltarão a ficar juntos. Mas o que você vê do resto da vida de Chuck Bartowski?
C.F: Nossa! Bem, essa é uma grande pergunta. Te digo isso: Eu vejo Chuck e Sarah juntos, sendo marido e mulher, começando aquela empresa de segurança de computadores. Felizmente, eles não se encontram desviando de balas pelo resto de suas vidas. Claro, como roteirista, agora eu começo a pensar, "Quer saber? Eles poderiam se meter um pouco em confusão." Isso leva a história pra frente na minha cabeça. Mas por agora, eles estão felizes e juntos e pensando sobre o futuro.

A.S.: Foi importante para você que ele tenha conseguido o Intersect no final?
C.F.: Não, não foi a coisa mais importante pra mim. Isso foi algo que descobrimos quando seguimos o processo. Da forma que a história caiu, nós começamos a ver que seria importante dar a ele uma decisão. A ideia de usar o Intersect para devolver as memórias de Sarah foi uma coisa lindamente estruturada: faz sentido, Ellie ajuda Sarah. Mas naquele momento, Chuck tem que tomar uma decisão difícil, e ele sabe que salvar o dia era o que ele tinha que fazer. Isso foi fundamental para a história. Mas de outra perspectiva, olhando para o último episódio, Chuck colocar o Intersect de volta a sua cabeça não foi a coisa mais importante para mim.

A.S.: Então Chuck salva o dia, mas antes disso, Jeffster! salva o dia.
C.F.: (Risos) Sim, senhor!

A.S.: Me conte sobre o que vocês tiveram que fazer nesses últimos episódios em termos de trazer os dois para o mundo da espionagem.
C.F.: Era algo que sempre quisemos fazer, mas também era uma coisa que você teria que provavelmente esperar até o fim. Porque a série seria fundamentalmente diferente mais pra frente. Desde o início, Vik e Scott trouxeram uma comédia tão boa para a série, uma ótima energia para dentro da Buy More, então para o mundo da espionagem, achamos que seria ótimo trazê-los de alguma forma. E amamos pessoas de tocaia. Amamos a ideia de formar um time, e isso era algo que sempre imaginamos acontecer. Foi uma boa oportunidade: explorar Jeff e Lester aprendendo sobre o mundo da espionagem e querendo ser parte dele e tendo seus cérebros apagados algumas vezes. Simplesmente amamos a ideia no episódio do Trem Bala deles indo ao porta-malas de Casey, abrindo e pegando todo o equipamento errado. Eles têm material de herois dentro. Têm coisas boas lá. Foi excitante para nós contar a história. Eles não apareciam muito no episódio 12, então sabíamos que no episódio 13 queríamos algo grande, e queríamos trazer Jeffster! de volta em grande estilo.

A.S.: Então vocês basicamente criaram o climax ao redor de uma performance musical.
C.F.: Contruímos. O ponto referencial foi a sequência do Albert Hall no "O Homem Que Sabia Demais". Nessa versão, é Jeff e Lester com os pratos, mas eles irão usar os pratos para salvar o dia.

A.S.: Você me disse em outra entrevista que vocês frequentemente, por algum tempo, ficavam discutindo qual deveria ser a música de Jeffster!. Quanto vocês lutaram com essa?
C.F.: Lutamos um pouco com essa. A energia de A-Ha que eu amo é a positividade de tudo. É uma vibração tão energética. Pensamos em ir mais com um rock meio ópera, ou algo mais metal. O que é bom no A-Ha é que eles têm essa qualidade, e eu gosto daquela música. A outra coisa que é incrível sobre isso é que Vik alcança todas essas notas. Como usual nas temporadas passadas, nós traríamos a música e iríamos para a gravação original. Essa foi a primeira vez que Vik fez a coisa por completo. E é incrível, as notas que ele alcança lá. Ficamos chocados quando ouvimos a performance dele e do Tim Jones. Fala por seu crescimento musical. Ele é demais.

A.S.: E agora ele será uma estrela pop na Alemanha.
C.F.: E aquela lágrima? Aquele momento resume nossa série dessa forma: É loucura, de brincadeira, mas existe uma emoção real e incrível dentro. Vik e Scott me mataram com aquela cena. Quando se está no set, você se arrepia enquanto ele desaba.

A.S.: Me ocorreu que na série, todo mundo consegue o que eles querem no final. Até o Big Mike ainda está na loja que ele ama, casado com a mãe do Morgan e tem até um acesso facilitado aos sanduíches da Subway.
C.F.: Exatamente. É um final feliz.

A.S.: Vocês em algum ponto consideraram a ideia de as coisas ficarem feias para alguém? Ou não é esse o tipo da série?
C.F.: Definitivamente existiram finais mais obscuros em cada aspecto da série. Lutamos com o lugar que queríamos deixar nossos personagens no final. Existiram muitas interações com Thelma & Louise para Jeff e Lester, só que acabou que eles tiveram as memórias apagadas no episódio da Bo Derek. Mas amamos a ideia deles dirigindo em direção a um penhasco, estando errados em acreditar que os policiais estavam atrás deles. No final, amei a ideia deles indo para a Alemanha serem estrelas do rock.

A outra coisa, também, está no começo da temporada, tem um momento em que Casey abraça Alex e diz a ela, "Sempre estarei lá para você." E no momento em que ele disse aquilo eu pensei que iríamos matá-lo. Achei que fóssemos fazer uma coisa a la "Star Trek II". E Adam estava esperando por isso. Ele estava pensando que essa era uma boa maneira de ir, tipo a lógica de Han Solo em "O Retorno do Jedi", onde estava claro que era hora dessa pessoa morrer. Eu acho que no final, a história com a Gertrude Verbanski foi ótima para a temporada, e Carrie-Anne Moss e Adam deram tanta vida e energia a isso, que virou o futuro deles.

A.S.: Voltando à loja por um segundo, ela está se tornando uma Subway, ou a Subway está apenas indo para a Buy More?
C.F.: Vou falar pela Subway nesse momento. Eles compraram a Buy More e vão instalar uma Subway dentro da loja.

A.S.: Então eles também possuem a base espiã debaixo da loja. Isso é um bom negócio.
C.F.: Foram várias as vezes no curso da série que pensamos em coloccar uma Subway dentro da loja, apenas para fazer as integrações mais fáceis e rápidas, mas nunca deu certo.

A.S.: Eu gostaria de falar sobre a ideia de como esse penúltimo episódio se tornou "Chuck vs. Sarah". Vocês poderiam ter construído esse final inteiro ao redor do Shaw ou alguém, e não fizeram. Introduziram um outro cara que está lá principalmente para colocar seu cara e sua garota um contra o outro.
C.F.: Quinn é importante e um bom vilão, e Angus MacFadyen fez um bom trabalho para nós. Mas eu acho que a parte mais importante dessa temporada, e da série, é Chuck, Sarah, Casey e nossos personagens. Essa foi uma ótima maneira de fazer esses episódios serem sobre eles e seus relacionamentos. Diferente da temporada passada, quando tivemos um vilão incrivelmente importante para nossa série e muitas cenas com o Timothy Dalton como Volkoff, e também sua filha, aqui no final, nós queríamos ser capazes de focar esses últimos episódios especialmente em nossos personagens e no relacionamento de Chuck/Sarah. E é o relacionamento de Chuck/Sarah que salva o dia.

A.S.: E ela tendo o Intersect ou não nesses últimos episódios, Sarah fez todas essas coisas sobrehumanas.
C.F.: Quando começamos a olhar para essa temporada, o Intersect se tornou essa coisa que pularia do Morgan, então veríamos no Shaw, então Sarah com ele, e perceber o quão perigoso ele é e como afeta as pessoas. Mas também foi uma ótima oportunidade de ver Morgan como um super espião, e ver Sarah ser uma espiã ainda melhor. E acho que a sequência do strip kick dentro do trem bala foi bem incrível, e os momentos finais de "Chuck vs. Bo" quando ela dá aqueles movimentos loucos de kung fu nos soldados foi uma grande sequência rodada pelo Jeremiah Chechik, um de nossos diretores.

A.S.: Mas mesmo em "Chuck vs. Sarah", quando ela traz os movimentos de Bryce Larkin e quebra a janela de cima e acaba com os guardas por ela mesma - Sarah sem o Intersect é bem impressionante.
C.F.: Tem isso também. Tivemos que pensar nisso um pouco. Ela não tem o Intersect nos episódios 12 & 13, mas mesmo assim ela é uma espiã incrível de sua própria maneira. Quando estávamos fazendo as duas cenas onde ela luta com o Intersect, tivemos que editá-las em diferentes maneiras. Avançamos as edições. Como você diferencia Sarah Walker com suas habilidades normais e a Sarah que tem o Intersect na cabeça? Trouxemos mais e mais soldados na cena final do "Bo" por essa razão.

A.S.: Estou correto que na cena em que Jeff e Lester estão rastreando Sarah foi a primeira vez que Fernando e a maioria dos extras da Buy More falaram?
C.F.: Sim. Também queríamos dar a todos os nossos artistas de segundo plano uma chance de ter uma fala na série. Foi a primeira vez que ouvimos a maioria deles falar. "Liberem os pervertidos."

A.S.: Vocês tinham algum tipo de lista de coisas que queriam fazer antes do final, tanto da perspectiva do personagem ou, tipo, "Eu realmente quero ver Sarah caindo de um avião"?
C.F.: Eu sempre quis fazer uma sequência de paraquedismo na série. Amei o corte entre Chuck pensando que ele poderia ter a garota dele de volta e ela não estando a seu alcance fazendo simplesmente coisas mais interessantes. Nosso time de produção foi lá, e tivemos uma paraquedista numa roupa de mulher-gato fazendo uns números. Foi uma das coisas mais loucas que já fizemos.

A.S.: Muito Roger Moore como James Bond.
C.F.: Muito "Moonraker".

A.S.: Vocês estão no final. Fizeram tudo. Fizeram 6 finais, ou 7, que seja. Tem algo que olhando agora para trás, você desejaria fazer que não fez?
C.F.: Não sei. Não poderia estar mais feliz com o que fizermos em 91 episódios da série, e todos nossos finais diferentes. Nós conversamos, em sua incrivelmente longa entrevista com Josh e eu, e quando falamos, eu acho que aquela coisa que pensei sobre, olhando para a quarta temporada, poderíamos ter trazido a Ellie para o mundo da espionagem mais rápido. Tinha algo que trazer Sarah Lancaster para o lado espião da série seria um segredo maravilhoso que poderíamos ter adiantado.

A.S.: Certamente, ter Awesome com Clara no canguru na base foi muito divertido.
C.F.: Sim, e foi muito divertido trazer Linda Hamilton de volta para uma vaga na série.

A.S.: Tem algo mais que você gostaria de dizer sobre o final?
C.F.: Uma das coisas para qual estamos trabalhando para o DVD é uma versão mais longa do final. O episódio foi grande, então vocês terão uma edição mais longa em DVD.

A.S.: O que poderá ter nessa edição mais longa?
C.F.: Apenas mais de tudo. Foi um episódio épico. Fizemos muita coisa. Tem um pouco mais de família, e um pouco mais de Awesome e Ellie.
Fonte: Talk to me Chuck
E aí, o que acharam? Achei a entrevista ótima, muito esclarecedora e interessante, porém, vou expressar melhor o que ahei no próximo post, continuem visitando o blog!
Adm. Portal de Séries, Larissa M.
@pdseries

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